Gosto de me demorar nos teus pormenores quando sei que não sabes que o estou a fazer, gosto de me debruçar sobre os teus sonhos sem pressa. Não me interpretes mal, adoro a vida nos teus olhos, o calor afável do teu sorriso, o teu andar desajeitadamente perfeito e o teu cheiro a aconchego quando te cruzas comigo numa das esquinas do corredor, mas não consigo resistir à tua paz quando dormes.
Mesmo quando não estou ausente do tempo, perdido entre cada contorno, entre cada perfeição, mesmo quando estou a fazer qualquer outra coisa, a minha inconsciência esforça-se por não perturbar a calma que enche o nosso quarto. Agora que reparo, estou a escrever com o cuidado de quem anda em bicos dos pés, numa qualquer manhã de natal de infância. Roubas-me sorrisos até enquanto dormes.
1 comentário:
zé... não pares!! Gosto muito e pronto... e gosto de saber coisas boas que se passam por ai ;)
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