Estou confuso demais para escrever. Vou, por isso, limitar-me a desordenar palavras que por um ou outro motivo me têm vindo a assaltar de há umas horas para cá.
Desconfio da solidez de quase tudo, desconfio da solidez da casa onde moro, do passeio onde ando, do céu que me adorna a cabeça, do nó que fiz nas botas, do passo da vizinha e da trela do cãozito que ela passeia, desconfio da solidez da luz da minha secretária, das linhas que desenho pelas madrugadas sem sono, das minhas palavras de certeza e das palavras de certeza dos outros.
Desconfio também que a arte da vida reside no poder de desafiar palavras confusas com certezas fundadas em nada que não sejamos nós próprios. A decisão implícita na escolha nunca é feita de certezas cheias, é feita de convicções mais ou menos confusas que partem sobretudo daquilo que desejamos. Eu tenho a certeza que não quero confundir nada, mas também estou convicto de que, confusas ou não, há coisas que merecem ser certas, para crescerem sólidas, todos os dias.
Desconfio da solidez de quase tudo, desconfio da solidez da casa onde moro, do passeio onde ando, do céu que me adorna a cabeça, do nó que fiz nas botas, do passo da vizinha e da trela do cãozito que ela passeia, desconfio da solidez da luz da minha secretária, das linhas que desenho pelas madrugadas sem sono, das minhas palavras de certeza e das palavras de certeza dos outros.
Desconfio também que a arte da vida reside no poder de desafiar palavras confusas com certezas fundadas em nada que não sejamos nós próprios. A decisão implícita na escolha nunca é feita de certezas cheias, é feita de convicções mais ou menos confusas que partem sobretudo daquilo que desejamos. Eu tenho a certeza que não quero confundir nada, mas também estou convicto de que, confusas ou não, há coisas que merecem ser certas, para crescerem sólidas, todos os dias.
1 comentário:
'zézinho', escreves tão bem! os últimos posts estão fantásticos!
beijinho di Cabo Verdi*
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